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Crianças com problemas de peso tem alto risco de problemas emocionais e comportamentais

Um novo estudo publicado no BMJ Open, realizado com crianças e adolescentes na Nova Zelândia apontou que a saúde emocional e o bem estar das crianças com problemas de peso são em média piores do que a das crianças sem problemas de peso.

Os pesquisadores encontraram um nível significativo de problemas emocionais e comportamentais e relataram que esses achados destacam a importância de que os programas de obesidade envolvam psicólogos.

Foram avaliadas 233 crianças e adolescentes com faixa etária entre 4 a 16 anos em um programa de intervenção de 12 meses. Estes participantes apresentavam IMCs na faixa obesa clinicamente, e muitos tiveram problemas de saúde relacionados ao peso.

Tanto os pais quanto as crianças preencheram versões separadas de um questionário que mede a “qualidade de vida relacionada à saúde”. Os pais (ou as crianças com idade superior a 11 anos) preencheram um segundo questionário para detectar dificuldades comportamentais e emocionais, como ansiedade, problemas de sono e agressão.

Os pesquisadores encontraram:

• 44% das crianças no estudo tiveram escores que indicam uma alta probabilidade de problemas emocionais e comportamentais, seis vezes a taxa tipicamente encontrada em jovens;

• 28% apresentaram escores que indicam uma alta probabilidade de dificuldades psicológicas suficientemente graves para justificar a intervenção;

• Em média, a qualidade de vida das crianças relatada por seus pais era comparável à das crianças e adolescentes diagnosticados com câncer, e menor do que um grupo de comparação de crianças que vivem com condição de saúde crônica como a diabetes tipo 1, que exige testes diários e tratamento;

• Quanto maior o IMC dos participantes, menor é a sua qualidade de vida;

• A qualidade de vida reportada foi menor nos participantes que experimentaram pausas respiratórias (ligadas a uma condição de sono chamada apnéia obstrutiva do sono), dores de cabeça, dificuldade em dormir e / ou problemas de desenvolvimento;

• A própria obesidade, ao invés de etnia ou dificuldades financeiras, pareceu ser o principal fator contribuinte para a menor qualidade de vida dos jovens nesta coorte;

“Este estudo destaca que uma grande proporção de crianças e adolescentes que lutam com problemas de peso também são altamente susceptíveis de serem afetados por problemas psicológico e por sua vez, menor qualidade de vida”, diz o Dr. Yvonne Anderson, pesquisador e autor do estudo.

“No entanto, é importante notar que esses resultados provêm de um grupo que buscava ajuda com o seu peso, então esses achados não podem ser generalizados para todos os que têm obesidade”, diz ela.

“Esperamos que essas descobertas sirvam de lembrete de que todos precisamos trabalhar para reduzir o estigma associado à obesidade. É realmente importante que não vejamos a obesidade como uma única condição. Tem muitos fatores contribuintes, que pode afetar os indivíduos de diversas maneiras. E realizar avaliações respeitosas, não julgadoras e individualizadas é fundamental para qualquer tipo de engajamento significativo “.

O estudo foi uma colaboração entre o Instituto Liggins, com sede na Universidade de Auckland, Taranaki District Health Board e Sport Taranaki, com financiamento do Health Research Council.

Mais informações: Yvonne C Anderson et al. Assessment of health-related quality of life and psychological well-being of children and adolescents with obesity enrolled in a New Zealand community-based intervention programme: an observational study, BMJ Open (2017). DOI: 10.1136/bmjopen-2016-015776

Yvonne C. Anderson et al. Physical activity is low in obese New Zealand children and adolescents, Scientific Reports (2017). DOI: 10.1038/srep41822

Uma vez que as células de gordura são formadas você pode se livrar delas?

De acordo com uma matéria do Blog Well do The New York Times, o número de células de gordura no corpo de uma pessoa parece ser capaz de mudar em apenas uma direção: para cima. O número de células gordas aumenta ao longo da infância e adolescência e geralmente se estabiliza na idade adulta.

Mas isso não significa que as células de gordura, ou adipócitos, estejam estagnadas. O tamanho das células de gordura individuais é notavelmente variável, expandindo-se e contraindo com ganho de peso ou perda de peso. E, como acontece com a maioria dos tipos de células no corpo, os adipócitos morrem eventualmente.

“Normalmente, quando os adipócitos morrem, eles são substituídos por novas células de gordura”, disse o Dr. Michael Jensen, um pesquisador de endocrinologista e obesidade na Mayo Clinic. A morte e a produção celular parecem estar estreitamente acopladas, então, embora cerca de 10 por cento dos adipócitos morram a cada ano, eles são substituídos na mesma taxa.

Mesmo entre os pacientes com cirurgia bariátrica, que podem perder quantidades maciças de peso, o número de células de gordura tende a permanecer o mesmo, embora as células diminuam de tamanho, mostram estudos.

A lipoaspiração reduz o número de células de gordura no corpo de uma pessoa, mas estudos mostram que o peso perdido geralmente é recuperado dentro de um ano. Não se sabe se esta recuperação ocorre através da produção de novas células de gordura ou expansão das existentes.

As pessoas que são obesas tendem a ter mais células de gordura do que as que não são, e vários estudos encontraram um aumento no número de células de gordura com o peso recuperado após a perda de peso.

O fato de que o número de células de gordura pode ser aumentado, mas não diminuiu, provavelmente contribui para a movimentação do organismo em recuperar peso após a perda de peso, disse a Dra. Kirsty L. Spalding, bióloga celular do Instituto Karolinska na Suécia e principal autora do estudo, mostrando que as células de gordura morrem e são substituídas. Além de seu papel no armazenamento de gordura, os adipócitos secretam proteínas e hormônios que afetam o metabolismo energético.

“Após a perda de peso, os adipócitos tornam-se menores, geralmente menores que os de pessoas como mesmo “IMC”, disse a Dra. Spalding. Uma hipótese é que essas células menores podem enviar sinais para aumentar o armazenamento de apetite e gordura, o que poderia ajudar a explicar por que a perda de peso é tão difícil de manter, embora ainda seja necessária muita pesquisa.

Fonte: https://well.blogs.nytimes.com/2017/02/17/are-fat-cells-forever/

Resultado Parcial das Avaliações do Projeto Judô de 2017

Variáves Antropométricas Movere 2017

Com a mudança de comportamento e estilo de vida as crianças e adolescentes que participam do programa do Instituto Movere obtiveram melhora significativa na antropometria e composição corporal, com redução dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis. A literatura evidencia que esse conglomerado de fatores de risco aumenta significativamente as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo II. A melhor maneira de prevenir essas doenças é conseguir manter um peso saudável, melhorar a alimentação e permanecer fisicamente ativo.

REFERÊNCIA
SABOYA, Patrícia Pozas et al. Intervenção de Estilo de Vida na Síndrome Metabólica e seu Impacto na Qualidade de Vida: Um Estudo Controlado Randomizado. Arq Bras Cardiol, v. 108, n. 1, p. 60-69, 2017.

Exercício na gravidez contribuindo para filhos mais fisicamente ativos.

Olha aí que estudo interessante realizado pelos pesquisadores do Baylor College of Medicine.

Os pesquisadores descobriram que os ratos fêmeas que se exercitaram voluntariamente durante a gravidez possuem descendentes que são mais fisicamente ativos como adultos. A pesquisa aparece no The FASEB Journal.

Dr. Robert A. Waterland, professor associado de pediatria – nutrição e de genética molecular e humana no USDA / ARS Children’s Nutrition Research Center em Baylor e autor principal deste trabalho, observou que, embora sua pesquisa estudasse ratos, “vários estudos humanos têm resultados consistentes com os nossosâ€.

Por exemplo, estudos observacionais descobriram que as mulheres que são fisicamente ativas quando estão grávidas têm filhos que tendem a ser mais fisicamente ativos. Mas esses resultados podem ser atribuídos à influência das mães sobre as crianças depois que elas nasceram. Ou, as mães poderiam passar para a sua prole uma predisposição genética para serem fisicamente ativas.

Os pesquisadores descobriram que os ratos nascidos de mães que se exercitaram durante a gravidez eram cerca de 50% mais fisicamente ativos do que aqueles que haviam nascido de mães que não faziam exercício. Outro fator importante foi o aumento da atividade que persistiu na idade adulta, e que melhorou a capacidade destes de perder gordura durante um programa de exercícios voluntários de três semanas.

Este estudo apoia a ideia de que o exercício durante a gravidez influencia o desenvolvimento do cérebro fetal, tornando a prole a ser mais fisicamente ativa ao longo da vida. “Embora a maioria das pessoas assuma que a tendência de um indivíduo a ser fisicamente ativo é determinada pela genética, nossos resultados mostram claramente que o meio ambiente pode desempenhar um papel importante durante o desenvolvimento fetal”, disse Waterland.

Se um efeito semelhante pode ser confirmado em pessoas, ele poderia representar uma estratégia eficaz para contrariar a atual epidemia mundial de inatividade física e obesidade.

O aumento da atividade física tem implicações importantes para a saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a atividade física insuficiente é um dos 10 principais fatores de risco para a morte em todo o mundo.

Vários grupos de especialistas, incluindo o American College of Obstetricians and Gynecologists, já recomendam que, na ausência de complicações, as mulheres grávidas devem fazer 30 minutos ou mais de exercício moderado por dia. “Eu acho que nossos resultados oferecem uma mensagem muito positiva”, disse Waterland. “Se as mães grávidas souberem que o exercício não é apenas bom para seus bebês, mas que também pode oferecer benefícios ao longo da vida acho que estarão mais motivadas a mudar os hábitos de atividade física”.

Também contribuíram para este trabalho, Jesse D. Eclarinal, Shaoyu Zhu, Maria S. Baker, Danthasinghe B. Piyarathna, Cristian Coarfa e Marta L. Fiorotto, todos de Baylor.

Obesidade e diabetes – O que devo saber?

Pesquisa realizada pelo Center for Disease Control and Prevention (CDC). Living with Diabetes, mostrou que o impacto da diabetes vai além da hiperglicemia crônica. O diabetes é a principal causa de cegueira (retinopatia diabética), doenças renais do estágio final (nefropatia diabética) e amputações não traumáticas das extremidades inferiores (neuropatia diabética) em adultos. As pessoas com diabetes também são duas a quatro vezes mais propensas a sofrer complicações cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais.

A Diabetes e suas complicações relacionadas resultam em mais de 200.000 mortes cada ano, tornando a diabetes uma das principais causas de mortalidade nos EUA. Em 2012, o NIH relatou uma estimativa de 29,1 milhões de americanos (9,3% da população) que vivem com diabetes. Destes, cerca de 8,1 milhões de pessoas desconheciam que tinham a doença.

E porque estamos falando sobre isto? Porque seu peso pode estar relacionado com a diabetes tipo 2.

Existem muitos fatores de risco para diabetes tipo 2, como idade, raça, gravidez, estresse, certos medicamentos, genética ou história familiar, colesterol elevado e obesidade. No entanto, o melhor preditor de diabetes tipo 2 é sobrepeso ou obesidade. Quase 90% das pessoas que vivem com diabetes tipo 2 estão acima do peso ou têm obesidade.

O que você pode fazer para prevenir a diabetes?

O diabetes 2 é bastante evitável. Estudos descobriram que mudanças de estilo de vida e pequenas quantidades de perda de peso na faixa de 5-10% podem prevenir ou retardar o desenvolvimento de diabetes tipo 2 entre adultos de alto risco. As intervenções de estilo de vida, incluindo dieta e atividade física moderada a intensa (como caminhar por 150 minutos por semana) foram utilizadas nestes estudos para produzir pequenas quantidades de perda de peso. O desenvolvimento do diabetes foi reduzido de 40% para 60% durante esses estudos, que durou três a seis anos. Prevenir o ganho de peso, aumentar os níveis de atividade e trabalhar com pequenas quantidades de perda de peso se você estiver com excesso de peso pode ter um grande impacto na probabilidade de desenvolver diabetes no futuro. Até agora, o gerenciamento de peso é a melhor coisa que você pode fazer para evitar o desenvolvimento de diabetes.

O que você pode fazer se você já tiver diabetes?

Pequenas quantidades de perda de peso (perda de 10 quilos ou mais) podem diminuir as quantidades dos medicamentos necessários para manter seus níveis de açúcar no sangue dentro de um intervalo saudável, reduzindo os níveis de glicose no sangue, além disso, reduz o risco de complicações diabéticas. Em última análise, uma melhor nutrição, aumento da atividade física e controle dos níveis de glicose no sangue podem atrasar a progressão do diabetes e ajudar a prevenir as complicações associadas à doença.

http://www.cdc.gov/diabetes/living/index.html
The National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK).

Statistics on Diabetes: www.diabetes.niddk.nih.gov/dm/pubs/statistics/http://www.diabetes.niddk.nih.gov/dm/pubs/statistics/ Last updated February 2015.

Aptidão física e obesidade infantil

Profa. Dra. Vera Lúcia Perino Barbosa
Pós-graduanda Tatiana Silva Damasceno

O tratamento efetivo para a criança obesa inclui intervenções nas áreas da alimentação, atividade física, psicologia e clinica. O escopo desse material é esclarecer sobre a importância da atividade física para crianças e adolescentes com excesso de peso.   A infância é um período de grande importância para o desenvolvimento motor, porque é nesta fase que ocorre o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais, que servirão de base para o desenvolvimento das habilidades especializadas na vida adulta.Toda criança gosta de correr, pular, saltar, enfim, praticar esportes e atividades físicas. Nestas atividades em que a criança se diverte, ela também melhora sua qualidade de vida.2 Cada criança possui um repertório motor variado. Esse repertório pode ser mais desenvolvido ou menos. O desenvolvimento está relacionado com experiências e vivências de qualidade que esta criança possui. Quanto maior o número de experiências, maior será o desempenho realizado por elas.3 Crianças e adolescentes obesos apresentam padrões diferenciados em relação aos não obesos, tais como: menor eficiência mecânica, maior gasto energético em tarefas que exigem deslocamento ou projeção da massa corporal e diferentes respostas metabólicas e hormonais.4 Um outro estudo mostrou que os obesos tinham piores desempenhos em todos os parâmetros de aptidão física em comparação com os seus pares. Este atraso motor pode ser causado pela inatividade ligada ao estado de obesidade, dificuldade para realização de atividades, vergonha da exposição de sua aparência corporal.5 Este cuidado para não se expor proporciona ao obeso a escolha de atividades com abaixo gasto calórico. Muitos jovens obesos não suportam o sentimento de exclusão em suas atividades diárias e acabam muitas vezes se isolando socialmente.6  

O Instituto Movere vem trabalhando nestes 12 anos com os três principais pilares no tratamento da obesidade – Atividade Física, Nutrição e Mudança de Comportamento.

O programa de treinamento físico desenvolvido pelo Instituto é adaptado para crianças e adolescentes obesos com o objetivo de proporcionar ganho de força, flexibilidade e condicionamento físico sem que ocorram lesões.

Para avaliar a aptidão física em uns dos grupos composto de 100 crianças e  adolescentes que frequentaram o Instituto Movere pelo período de 1 ano, foi realizado bateria de testes neuromotores antes e após o programa de intervenção. O grupo apresentou antes de iniciar o programa de intervenção todos os parâmetros relacionados à aptidão física, abaixo do esperado. Provavelmente o excesso de gordura corporal pode refletir nos baixos índices de aptidão física e na composição corporal dessas crianças e adolescentes. Porém, após os doze meses foram observados  melhora em todas as variáveis, como é mostrado na tabela abaixo. Tal resultado foi estatisticamente significante, demonstrando que o protocolo de exercícios estabelecido, associado à orientação dietética promoveu modificações importantes na aptidão física para esse grupo.

Testes Percentual de crianças e adolescentes que melhoraram nos testes
Resistência abdominal 95%
Flexibilidade 89%
Impulsão Horizontal 84%
Força de Membros Superiores 89%
Agilidade 95%

 

Referencias

 

1- GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo, Phorte Editora, 2003 SANTOS, Suely; et al. Desenvolvimento motor de crianças, de idosos e de pessoas com transtornos da coordenação. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.33-44, ago. 2004.

2- BORTONI, William Luiz; BOJIKIAN, Luciana Perez. Crescimento e Aptidão Física em escolares do sexo masculino, participantes de programa de iniciação esportiva. Brazilian Journal of Biomotricity.Novembro 2007.

3- PAIM, Maria C. C. Desenvolvimento motor de crianças pré-escolares entre 5 e 6 anos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 8, Nº 58, Março de 2003. http://www.efdeportes.com/efd58/5anos.htm

4- DÂMASO, A.; TEIXEIRA, L; CURI, C. M. (1995). Atividades Motoras na Obesidade. In: Fisberg, M. Obesidade na infância e adolescência (pp. 91-99). São Paulo: Fundação BYK, SP

5- Deforche, B.; Lefevre, J.; Bourdeaudhuij, I.; Hills, AP.; Duquete, W.; Bouckaert, J. Physical activity in obese and nonobese.Flemish youth. Obesity Research, Boston, v.350, n.9, p. 855-857, 2004.

6- PAZIN, Joris; FRAINER, D. E. Schlickmann; MOREIRA, Daniela. Crianças obesas têm atraso no desenvolvimento motor. Revista Digital – Buenos Aires – Ano 11 – N° 101 – Outubro de 2006.

Impacto do Projeto Núcleo de Atenção Contra a Violência em Crianças e Adolescentes Obesos sobre Variáveis Antropométricas em Crianças e Adolescentes com Sobrepeso e Obesidade

Profa. Dra. Vera Lúcia Perino Barbosa
Pós-graduanda Tatiana Silva Damasceno

A obesidade é considerada um problema de saúde pública no Brasil e em diversos países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que em todo o mundo a prevalência de obesidade quase dobrou desde 19801. Na população infantil a prevalência da obesidade também tem aumentado em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, o que está estritamente relacionado a mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares2.

Programas de mudança de estilo de vida e a consequente criação de um ambiente favorável à saúde e à promoção de práticas alimentares e estilo de vida saudáveis se apresentam como importantes estratégias para enfrentar problemas alimentares e nutricionais como obesidade e doenças crônicas não transmissíveis associadas2.

O projeto Núcleo de Atenção Contra a Violência em Crianças e Adolescentes Obesos, realizado pelo Instituto Movere, tem esta proposta com atendimentos semanais em grupo com atividade física, programa de reeducação alimentar, dinâmicas de psicologia e suporte do serviço social e jurídico.

O acompanhamento da evolução dos participantes do projeto acontece mensalmente por meio do monitoramento do peso e altura para determinação do IMC (Ãndice de Massa Corporal), além de outras medidas antropométrica, como circunferências do pescoço, cintura e abdome. Os dados de melhora do 2º trimestre do projeto estão apresentados na Tabela 1.

A classificação do IMC pelas curvas da OMS é o parâmetro utilizado para determinar o estado nutricional de crianças e adolescentes3. Desta forma, a diminuição do IMC indica melhora do quadro de sobrepeso e obesidade, assim como a manutenção do seu valor aponta para o controle da progressão da doença, visto que nos últimos anos o IMC tem se deslocado ascendentemente na população, ou seja, crianças classificadas como obesas tem se tornado mais obesas ainda3. No Brasil essa tendência ascendente está indo de 0,4% para 5,9% no sexo masculino e de 0,7% para 4,0% no sexo feminino, comparando os mesmos períodos4. Em nossos resultados 79% das crianças e adolescentes atendidos melhoraram ou estabilizaram o valor do IMC no trimestre, mostrando o impacto positivo do programa sobre esta variável antropométrica e no controle da progressão da obesidade infantil na população estudada.

Mais recentemente a circunferência do pescoço (CP) tem sido proposta por vários autores como uma forma eficaz, de baixo custo e facilmente aplicável para avaliar a distribuição de gordura da parte superior do corpo, permitindo identificar as crianças em risco de desenvolver condições relacionadas com a obesidade central, tendo a vantagem de não sofrer variação no tamanho ao longo do dia, como pode acontecer com outras medidas corporais5. A CP elevada tem sido associada com diversas complicações metabólicas, como em estudo com 699 escolares que encontrou associação positiva entre elevada CP com glicemia de jejum, triglicérides, pressão sistólica e diastólica, proteína C-reativa, insulina e HOMA-IR6. A diminuição da circunferência do pescoço observada em  69% do grupo avaliado no projeto, podendo ser associado com diminuição de fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV).

A gordura abdominal é reconhecida pelo seu papel no desenvolvimento de DCV. Diversos estudos recomendam o emprego desta medida como auxílio no diagnóstico precoce e na identificação daqueles candidatos em potencial a manifestarem os diferentes fatores de risco, como as dislipidemias, em adolescentes7. Com a intervenção do projeto, as medidas da região abdominal diminuíram no grupo, sendo a redução da circunferência da cintura em 67% do grupo e da circunferência abdominal em 55% das crianças e adolescentes. A melhora dessas medidas também aponta para o impacto do projeto sobre a diminuição de fatores de risco para o desenvolvimento e agravamento de DCV.

Desta forma, a intervenção do projeto Núcleo de Atenção Contra a Violência em Crianças e Adolescentes Obesos tem mostrado impacto positivo em curto prazo nas variáveis antropométricas das crianças e adolescentes e, consequentemente, melhora da obesidade e fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Tabela 1 – Percentual de participantes por indicador que melhoraram ou mantiveram os valores no trimestre. São Paulo, 2016.

Indicador

Percentual de crianças e adolescentes que melhoraram

IMC

71%

Circunferência do pescoço

69%

Circunferência da cintura

67%

Circunferência abdominal

55%

 

Referências Bibliográficas

  1. Cunha, Kelly Aparecida da, et al. “Calcium intake, serum vitamin D and obesity in children: is there an association?.” Revista Paulista de Pediatria33.2 (2015): 222-229.
  2. Fernandes, Patrícia S., et al. “Avaliação do efeito da educação nutricional na prevalência de sobrepeso/obesidade e no consumo alimentar de escolares do ensino fundamental.” J Pediatr 85.4 (2009): 315-21.
  3. Friedrich, Roberta Roggia. “Efeito de um programa de intervenção com educação nutricional e atividade física na prevenção da obesidade em escolares: um estudo controlado randomizado.” (2015).
  4. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009: Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. 2010.
  5. Santos, Daniela dos, et al. “Neck circumference as a complementary measure to identify excess body weight in children aged 13-24 months.”Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil 15.3 (2015): 301-307.
  6. Gomez-Arbelaez, Diego, et al. “Neck circumference as a predictor of metabolic syndrome, insulin resistance and low-grade systemic inflammation in children: the ACFIES study.” BMC pediatrics 16.1 (2016): 1.
  7. Pavão, Fernando Henrique, et al. “Dislipidemia em adolescentes residentes em um município do Paraná e sua associação com a obesidade abdominal.”Revista da Educação Física/UEM 26.3 (2015).

 

 

 

Núcleo de Atenção Contra Violência em Crianças e Adolescentes Obesos

Instituto Movere abre inscrições para o Projeto Núcleo de Atenção Contra Violência em Crianças e Adolescentes Obesos

Com o objetivo de oferecer suporte interdisciplinar adequado para crianças e adolescentes vítimas de bullying para prevenir seus efeitos deletérios à saúde na vida adulta, o Instituto Movere abre inscrições para o projeto Núcleo de Atenção Contra Violência em Crianças e Adolescentes Obesos. Serão atendidas 100 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de ambos os sexos, entre 6 a 17 anos, no período de um ano, da região de Arthur Alvim e dos bairros adjacentes.

Além disso, a iniciativa visa oferecer orientação e assistência jurídica às crianças e aos adolescentes vítimas de “bullying†e suas famílias, contribuir para a prevenção de fatores de riscos das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), promover mudanças nos hábitos alimentares por meio da reeducação alimentar e cozinha experimental, orientar as crianças, adolescentes e familiares no processo da promoção do equilíbrio emocional.

O projeto consiste na realização de avaliações antropométricas (peso, estatura, circunferência da cintura e pescoço) mensais para acompanhar a evolução da criança, adolescente e cuidador, acrescidas da avaliação: da composição corporal, dos testes motores, da postura e dos exames bioquímicos. Todas estas avaliações serão realizadas no início e no final do projeto. Cada criança e adolescente receberá orientação uma vez na semana da equipe interdisciplinar, composta por: médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social, advogado e educador físico.

Além disso, este público terá aulas de cozinha experimental, perfazendo um total de 17 orientações por mês, com a assistência social e jurídica, livres, a partir da necessidade de cada um dos atendidos e de seus familiares, com agendamento prévio, em sistema de plantão, salvo os casos de emergência ou urgência. A criança ou adolescente deverá estar sempre acompanhada por um dos familiares ou seu representante legal.

Os pais receberão a cartilha “Se meu filho está com sobrepeso, o que posso fazer a respeitoâ€, desenvolvida a partir de uma ação em parceria com o Center of Weight and Health da Universidade da Califórnia – Berkeley e a Dra. Joanne Ikeda. O Instituto obteve os direitos autorais e a equipe traduziu a cartilha. Nele, há explicação sobre o que é o sobrepeso, que tipos de alimentos devem ser oferecidos às crianças que têm sobrepeso, atitudes, gestos e formas de incentivá-los a perder peso, mas antes de tudo, sentir-se bem consigo mesmo. E também dicas de substituições de alimentos “atrativos†por outros mais saudáveis. Vale lembrar que, ajuda muito toda família ter uma atitude saudável.

Segundo a Vera Lúcia Perino Barbosa, Presidente do Instituto Movere, “esperamos ao final do projeto mostrar os indicadores de resultados para a Secretaria da Educação e Saúde para debatermos políticas públicas, para ajudar as crianças e lidarem com sobrepeso e obesidade tanto diante da família como na escolaâ€.

Os atendimentos serão realizados no Instituto Movere de segunda e sexta-feira, das 9h às 17h, na Rua Afonso Porto 326, no Bairro de Arthur Alvim (próximo ao metrô Arthur Alvim). As inscrições estão abertas e as famílias podem se inscrever pelo fone: 2741-2374 – horário das 10h às 17h.

Nutri Ventures lança no Brasil o programa de educação nutricional Nutri-Mestres

A Nutri Ventures, primeira marca de entretenimento infantil que promove exclusivamente hábitos alimentares saudáveis e produtora da série animada Nutri Ventures – Em Busca dos Sete Reinos, lança hoje, um projeto de educação nutricional revolucionário.

Batizada de Nutri-Mestres, a iniciativa é um programa global desenvolvido exclusivamente para profissionais de saúde e educação, que utiliza o entretenimento como ferramenta educativa na promoção da alimentação e estilos de vida saudáveis na infância.

Em um site criado exclusivamente para os profissionais brasileiros, que lidam com crianças de 4 aos 10 anos, há vídeo-aulas, fichas de atividades, plano de aulas, músicas e diversos conteúdos com elementos de interatividade e multimídia sobre estilo de vida saudável. Parte do conteúdo é disponibilizada gratuitamente no portal www.nutri-mestres.com.br. Para acesso integral ao programa, a Nutri Ventures estabelecerá parcerias com entidades públicas e privadas e customizará todos os materiais de acordo com cada demanda.

Nutri Mestres

O projeto é o mesmo defendido pela primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, que abraçou a causa e, através de uma parceria entre a Nutri Ventures e a Partnership For a Healthier America, movimento liderado por ela, disponibilizou todo o conteúdo didático do Nutri-Mestres – ou Nutri-Guardians, em inglês – a mais de 60 mil escolas públicas norte-americanas.

“A Nutri Ventures está ajudando a mudar a epidemia de obesidade que afeta as crianças deste país e, por isso, sou extremamente grata. A companhia é vital para o sucesso desta empreitadaâ€, afirmou a primeira-dama em carta de agradecimento à empresa.

Para todos os gostos

Os materiais do portal abordam o tema alimentação dentro de quase todas as disciplinas do ensino fundamental: Línguas, Ciências, Matemática, Artes, Música e Educação Física.“Emprestamos a história e os heróis da Nutri Ventures – que as crianças já conhecem da televisão e do digital – e desenvolvemos o material que vão ajudar os profissionais a captar a atenção dos pequenos para o tema da alimentação saudávelâ€, esclarece Sofia Bento Monteiro, Global Marketing Manager da Nutri Ventures.

Na plataforma é possível encontrar o conteúdo agrupado de forma tradicional: tema, disciplina e idade da criança ou até mesmo por conteúdos mais vistos, conteúdos mais votados, etc.

A elaboração do material contou com uma equipe de especialistas para garantir a validação técnica e científica do programa. O projeto Nutri-Mestres foi originalmente desenvolvido em parceria com os Ministérios da Educação e Saúde de Portugal e todo conteúdo foi revisto e adaptado por profissionais nas áreas de educação, saúde e nutrição em cada um dos países onde o projeto é lançado.

No Brasil, a responsabilidade ficou a cargo do Instituto Movere, que desde 2004, previne e trata a obesidade em crianças e adolescentes, atuando baseado nas áreas de nutrição, psicologia, educação física, fisioterapia, e buscando a mudança comportamental.

O Nutri-Mestres está em fase final de desenvolvimento no Brasil e a Nutri Ventures busca parceiros para viabilizar 100% da implantação do programa, tal como ele é feito em Portugal e nos EUA. A Nutri Ventures estabelece parcerias com entidades públicas e privadas nas áreas da educação e saúde, sistemas de ensino, grupos hospitalares, empresas e todas as instituições que desejam promover estilos de vida mais saudáveis junto às crianças.

“Empresas e entidades públicas podem nos contactar para o desenvolvimento de programas que atendam todas as suas especificidadesâ€, explica Pedro Crespo, CEO da Nutri Ventures no Brasil.

Descubra tudo sobre o projeto Nutri-Mestres. Acesse aqui: www.nutri-mestres.com.br

O papel da TV na vida das crianças e a obesidade infantil

Vera Lucia Perino Barbosa, Dra. em Ciências da Saúde

A sociedade moderna rapidamente vem se adaptando aos avanços tecnológicos que interferem no estilo de vida das pessoas e, em especial, das crianças e adolescentes que passaram a ter um comportamento sedentário com horas em frente a TV.

A família é a influência mais importante na vida de uma criança, mas a televisão não está muito atrás. A televisão pode nos informar nos entreter e ensinar. Entretanto, além de levar ao comportamento sedentário, algumas coisas que a TV mostra ou ensina não é adequado às crianças. Os programas e os comerciais de TV mostram frequentemente a violência, o uso do álcool, drogas e conteúdo sexual, que não são apropriados para crianças ou adolescentes.

Para a Associação Americana de Pediatria (AAP, sigla em inglês), os pais devem limitar o tempo que seus filhos passam em frente à televisão, computador, celular ou tablet para duas horas por dia. Esse tempo não inclui, no entanto, o uso dos aparelhos para fins acadêmicos. A recomendação faz parte das novas diretrizes da entidade, apresentadas durante o encontro anual da AAP, em Orlando, Estados Unidos, e publicadas na revista Pediatrics.,2013.

Em um estudo realizado pela Universidade de Coimbra em 2013 envolvendo 17.424 mil crianças de jardins-de-infância e escolas de várias regiões do país, mostrou que a televisão tem o maior impacto no excesso de peso e no aumento da pressão arterial.

O estudo determinou a porcentagem de crianças que passam mais de duas horas diárias em frente a TV, ultrapassando os limites considerados de referência (da Academia Americana de Pediatria): 28% de meninos e 26% de meninas veem mais de duas horas de televisão por dia durante a semana. Mas, ao fim de semana, a percentagem dispara: 75% nos meninos e 74% nas meninas.
No Instituto Movere os achados não são diferentes. Um percentual expressivo de crianças e adolescentes ultrapassam 2 horas em frente à televisão. Este comportamento é encontrado tanto em crianças com excesso de peso quanto em crianças eutróficas, conforme gráfico abaixo:

Percentual de crianças e adolescentes que ultrapassam 2 horas em frente à televisão

Gráfico Percentual TV

De acordo com outro estudo feito na Universidade de Montreal, no Canadá, e publicado em 2012, quanto mais tempo uma criança de dois a quatro anos de idade passa em frente à televisão, maior o risco de acúmulo da gordura na cintura. Outra pesquisa, feita nos Estados Unidos, mostrou que há outro agravante para a saúde de criança em relação ao hábito: de acordo com o trabalho, ter televisão no quarto aumenta ainda mais o tempo em que uma criança passa em frente ao aparelho e eleva o risco de obesidade infantil.

Outros estudos mostram também que assistir à TV pode levar a um comportamento mais agressivo, menos atividade física, imagem alterada do corpo e maior uso de drogas e álcool. Sabendo como a televisão pode afetar suas crianças e definindo limites, você pode fazer com que a experiência de assistir à TV seja menos prejudicial e bem mais agradável.

As crianças e adolescentes com excesso de peso que passaram por tratamento interdisciplinar no Instituto Movere melhoraram este comportamento. No final da intervenção, 91% das crianças e adolescentes reduziram o tempo em que passam em frente à TV.

Você pode não acreditar, mas a televisão afeta de muitas maneiras a vida da sua criança. Portanto, quando sua criança sentar para assistir à TV, considere o seguinte:

Tempo – Crianças nos Estados Unidos assistem por dia 4 horas de TV aproximadamente. Assistindo a filmes e jogando vídeo game só aumenta o tempo gasto em frente à TV. Pode ser tentador usar a TV, os filmes e o videogame para manter seu filho ocupado, mas ele precisa também gastar seu tempo de outras maneiras. Brincar, ler e passar o tempo com amigos e familiares são ações bem mais saudáveis do que sentar em frente à TV.

Aprendendo – A televisão acaba afetando a aprendizagem, isto é, a forma correta para aprender. Os programas de alta qualidade podem ter um efeito positivo na aprendizagem. Os estudos mostram que as crianças na fase pré-escolar que prestam atenção a programas educacionais melhoram em testes de leitura e matemática, do que as crianças que não assistem a estes programas. Quando usada com cuidado, a televisão pode ser uma ferramenta positiva para ajudar a sua criança aprender. Para as crianças mais velhas, os programas de alta qualidade podem trazer benefícios. Entretanto, para as crianças mais novas a história é muito diferente. Os primeiros dois anos da vida são notadamente importantes no crescimento e no desenvolvimento do cérebro. Durante esse tempo, a criança necessita de uma interação positiva com outras crianças e adultos, para dessa forma, desenvolver bem a linguagem e suas habilidades sociais. Aprender a falar e brincar com os outros é mais importante do que assistir TV. Até que mais pesquisas sejam feitas sobre os efeitos da TV nas crianças muito novas, a Academia Pediátrica Americana não recomenda a televisão para crianças com menos de 2 anos de idade. Para as crianças mais velhas, a Academia recomenda não mais de uma a duas horas por o dia. Existem muitas maneiras de os pais ajudarem seus filhos a desenvolverem bons hábitos para assistir TV.

Defina limites – Defina o tempo de uso para TV, videogame e computador para não mais do que duas horas ao dia. Não deixe sua criança assistir à TV enquanto faz a lição de casa. Não coloque uma televisão no quarto do seu filho.

Planeje o que sua criança vai assistir – Em vez de ficar mudando de canal, tenha em mãos um guia para poder ajudá-lo a escolher os programas certos para sua criança. Ligue a tevê para assistir ao programa escolhido e desligue-a quando o programa terminar.

Assista à TV com seu filho – Sempre que possível, assista à TV com sua criança e converse sobre o que você está assistindo. Se sua criança for muito nova, ela não vai saber a diferença entre um show, um comercial, um desenho ou vida real. Explique que os personagens na TV não são reais. Alguns programas “baseados na realidade” podem parecer “reais”, mas a maioria deles serve para atrair a atenção dos telespectadores. Boa parte do conteúdo desses programas não é aconselhável para as crianças. As transmissões de notícias contêm também material violento ou impróprio. Se você não tiver tempo de assistir à TV com sua criança, preste atenção naquilo que ela viu para que mais tarde você possa conversar com ela. Melhor ainda, grave o programa de modo que você possa assistir com sua criança no horário apropriado para você. Pense sempre na qualidade do tempo que você passa com sua criança.

Encontre uma mensagem correta – Mesmo um programa ruim pode se tornar uma experiência de aprendizado se você ajudar sua criança a encontrar a mensagem certa. Alguns programas da televisão podem criar estereótipos de alguns povos ou pessoas. Converse com sua criança sobre o papel real das mulheres, dos mais velhos e de outras pessoas de outras raças na sociedade que não são apresentados na TV. Ensine que as pessoas, os povos podem ter maneiras diferentes de agir, mas nem por isso são diferentes de nós mesmos. Ajude sua criança aprender a ter tolerância com o outro. Lembre-se de, se você não concordar com determinada matéria, pode desligar a tevê ou, então, explicar porque não concorda.

Ajude a sua criança resistir aos comerciais – Não espere que sua criança seja capaz de resistir aos comerciais de brinquedos, doces, snacks, cereais, bebidas ou programas novos de tevê sem sua ajuda. Quando sua criança pede produtos anunciados na tevê, explique que a finalidade dos comerciais é fazer com que as pessoas queiram coisas que muitas vezes não precisam. Tente limitar o número de comerciais que sua criança vê mudando de canal ou conversando com ela nos intervalos comerciais. Você também pode gravar os programas tirar os comerciais ou comprar vídeos ou DVDS, assim ela assistirá programas educativos sem ser bombardeada por comerciais.

Procure vídeos ou DVDs de qualidade para suas crianças – Há muitos videos e DVDs de qualidade disponível para as crianças que você pode comprar ou alugar. Verifique antes de comprar ou de alugar programas ou filmes que possam acrescentar algo para sua criança. Essas informações estão disponíveis em livros, jornais e também na Internet.

Ofereça outras opções – Não deixe que a tevê transforme-se em um hábito para sua criança. Ajude-a encontrar outras coisas para fazer com seu tempo, tal como jogar, ler, aprender um esporte, um instrumento ou usar esse tempo para ficar com família, amigos ou vizinhos.

Seja você um bom exemplo – Você é o modelo mais importante na vida da sua criança. Limitar seu próprio tempo assistindo à TV, escolher programas com cuidado que ajudarão a sua criança a fazer o mesmo.

Expresse sua visão sobre o que você está assistindo – Quando você gosta ou não gosta de algo que você vê na televisão, faça com que você seja ouvido. Escreva para o canal de tevê, à rede ou ao patrocinador do programa. Os canais, as redes e os patrocinadores costumam prestar atenção no que seu público gosta ou se está insatisfeito. Se você achar que um comercial está sendo desonesto, escreva o nome do produto, em que canal passou e em que horário, e descreva sua preocupação.