Intervenção psicológica – Programa Crescer
6 de julho de 2006 - Ivo Mortani

A intervenção psicológica teve como objetivo observar aspectos emocionais com dinâmicas e grupos psicoeducativos realizados com adolescentes e seus familiares. As sessões tiveram alguns focos principais como:

• Auto-estima
• Insegurança
• Ansiedade
• Autoconhecimento
• Autocontrole
• Imagem corporal
• Socialização
• Tolerância à frustração
• Motivação
• Aderência ao tratamento e responsabilidade

No início do processo da dinâmica de grupo notou-se que os adolescentes apresentavam grande dificuldade para reconhecer suas necessidades corporais e seus sentimentos, exemplo: “Acabo de almoçar e já sinto fome” muitos relatavam que comiam por fome. No decorrer das sessões estes conseguiam notar que a comida muitas vezes estava servindo como uma compensação de problemas emocionais, exemplo: “eu como quando estou triste”, “como quando sinto falta de ter alguém para conversar”.

Pensamentos de tudo ou nada também foram trabalhados, exemplo: “nunca vou conseguir emagrecer”, “não consigo viver sem comer doces por isso vou ser sempre gorda”, “minha mãe e meu pai são gordos então eu nunca vou conseguir perder peso” estes pensamentos eram responsáveis pela falta de motivação e dificuldade na aderência ao tratamento.

A falta de cuidados pessoais e a baixa auto-estima também dificultavam o tratamento, exemplo:”não tenho qualidades”, “sou gordo e lerdo e não consigo fazer nada direito”.

Após três meses, com sessões semanais, notamos algumas mudanças tendo como conseqüência resultados positivos. Foram utilizados como meios de verificação, testes, desenhos, observações clínicas e questionários.

Resultados:

• Melhora na socialização.

• Maior autoconhecimento tendo mais consciência das necessidades, desejos, e como conseqüência um melhor autocontrole em relação à comida.

• Melhora na auto-estima com maior confiança em si próprio e mais motivação para aderência ao tratamento.

• Modificação de comportamento de familiares em relação ao filho no que diz respeito aos hábitos alimentares.

• Maior conhecimento tanto por parte dos adolescentes quanto familiares sobre obesidade, tratamento e esclarecimentos de concepções errôneas sobre fatores que causam e mantêm os comportamentos de alimentação.

Podemos concluir que as mudanças de comportamento e pensamento dos adolescentes, obtidas após intervenção psicológica, são fundamentais para o sucesso do tratamento.

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